Por que os cofrinhos para moedas têm formato porco?

A maioria das pessoas provavelmente está mais preocupada com quanto dinheiro é possível economizar no cofrinho do que se perguntar por que exatamente guardamos nossas moedas sobressalentes em recipientes em forma de porco. Mas como tudo tem uma história, Bora, Decora! foi pesquisar porque esses recipientes adquiriram essa forma.

Tudo por causa de um tipo de argila

A lenda mais comum de como os cofrinhos foram criados tem origem na Europa do século 15, onde um tipo de argila chamado pygg era usado para fazer pratos, garrafas e recipientes. A partir do momento que as pessoas depositavam suas moedas nesses tipos de recipientes, começaram a chamá-los de bancos pygg. Consequentemente, por meio de uma interpretação errônea da palavra pygg como porco, os ceramistas começaram a construir caixas de dinheiro na forma dos simpáticos suínos. Como resultado, o cofrinho foi inventado.

Alguns duvidam da legitimidade dessa história, questionando se o pygg realmente existia como um tipo de argila usada naquela época. No entanto, alguns dicionários listam pygg como uma variação da palavra porco, que representava itens feitos de barro ou um tipo de material cerâmico. Por exemplo, na Escócia do século 15, o nome dado para um cofrinho era porco pirlie. O uso de porco, neste caso, provavelmente se referia ao material de barro, não ao animal. No entanto, ainda não está claro como porco se tornou um termo para este fim.

O porquinho-mealheiro de origem francesa

Outra versão indica que a invenção de usar o porquinho como cofre, então designado como porquinho-mealheiro, é atribuída ao engenheiro francês Sebastian la Pestre, no século 17. Ele teria calculado que em dez anos uma porca poderia produzir seis milhões de filhotes e concluiu que esse animal representaria bem a ideia de economizar. O porquinho-mealheiro mais clássico é representado na cor rosa, mas todas as outras cores também são comuns.

A tradição secular de guardar dinheiro

Seja lá qual for a verdadeira origem, recipientes para armazenar moedas, conhecidos como caixas de dinheiro, bancos de moedas ou simplesmente cofrinhos, são usados há séculos. Como incentivo à economia, uma pequena fenda foi colocada no topo deles para que as moedas pudessem entrar, mas não sair. Como a única maneira de retirar as moedas era quebrar o vasilhame, eles eram feitos principalmente de materiais baratos. Eventualmente, esses recipientes simples evoluíram para cofrinhos.

Os primeiros cofrinhos dificilmente são encontrados – eles foram quebrados para recuperar as moedas salvas – o que tornou difícil estudar seu nascimento. Ainda assim, existem algumas outras teorias sobre as origens do cofrinho.

O etimologista Michael Quinion acredita que os cofrinhos têm uma conexão com a Alemanha porque os primeiros foram encontrados lá, incluindo, recentemente, um do século 13. Outra teoria afirma que se originaram na China durante a dinastia Qing. Como os porcos simbolizavam riqueza e abundância na cultura chinesa, as pessoas fabricavam recipientes em forma de porco para guardar suas moedas. Outros teorizam que os cofrinhos se originaram na Indonésia, pois navios que datam do século 14 foram encontrados lá. Por meio de rotas comerciais entre China, Indonésia e Europa, é possível que o conceito de cofrinhos tenha viajado de um país para outro, dificultando determinar a localização exata dos primeiros exemplares.

Uma importante lição de economia

Hoje em dia, os cofrinhos são utilizados em todo o mundo. A principal mudança para a maioria deles é que eles têm uma parte removível na parte inferior que libera as moedas. Portanto, esses tipos de porcos possuem duração vitalícia. E embora sejam destinados a crianças, sua importante lição de economia de dinheiro é generalizada e realmente inestimável.

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